O que fez de “Funk Generation” o melhor álbum de Anitta

Anitta estreia "Funk Generation" - O melhor trabalho de sua carreira representa uma nova era para o funk brasileiro.

Por Giovanna Moretti, Estagiária do Núcleo de Mídias Digitais

Publicado em: 24/06/2024

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Imagem de capa - O que fez de “Funk Generation” o melhor álbum de Anitta

Após meses lançando sons independentes para se consolidar no mercado internacional, Anitta lança seu novo álbum “Funk Generation”, que veio para abalar as estruturas do que é o funk brasileiro.

Esse é o primeiro álbum completo da cantora desde o Versions of Me, de 2022. Desde então, a cantora já vinha afirmando que estava trabalhando em um novo projeto focado em um só gênero. Além disso, o álbum veio para estreiar o contrato assinado por Anitta em 2023 com a a Republic Records.

E então veio aí, Anitta depois de muito suor e trabalho duro, juntamente com sua equipe, lançou seu álbum no dia 26 de abril de 2024 levando os fãs a loucura e dando muito o que falar. A cantora deseja celebrar suas raízes brasileiras em seu novo projeto: “Fico realizada e muito feliz em ver que o funk é fonte de inspiração no cenário musical brasileiro e global”.

Funk Generation e suas raízes

Nascida e criada no Rio de Janeiro, Anitta veio a ascensão para celebrar o funk carioca e revelar o poder do gênero além das barreiras sociais. De um tempo pra cá, após deixar um pouco de lado as batidas do gênero, ela voltou para provar que sempre esteve certa.

“Funk Generation” nasceu da nostalgia da MC Anitta, na época da Furacão 2000, logo em 2010, ainda no início de sua carreira. No álbum, Anitta reinventa o funk brasileiro, especialmente o batidão carioca, ao incorporar elementos do pop internacional.

Em um post do Instagram, a cantora revela que o funk carioca está presente em cada faixa, e a mistura de idiomas é o que torna o álbum único.

 “Funk Generation” é um álbum em que celebro minhas raízes. É onde expresso o poder do funk carioca em cada faixa – de batidas únicas, dançantes e sensuais

Foto: Instagram

“Eu tenho fé, não tenho medo”

Mas não foi só isso. Para mostrar que o álbum está enraizado na originalidade da artista, ela lançou “Aceita”, única faixa que não contém batidas de funk como as outras. Anitta revelou que sua nova música é uma homenagem a Exu, uma divindade importante nas religiões de matriz africana. Ela compartilhou que a composição é uma forma de celebrar e expressar sua própria fé.

Após a postagem do clipe da música, Anitta viu sua contagem de seguidores cair dramaticamente, perdendo mais de 100 mil em menos de uma hora. Ela atribuiu essa perda à intolerância religiosa de parte de seu público. A cantora ainda disse em uma publicação que não deseja mal algum para aqueles que decidiram ataca-la pós a postagem do clipe, “Eu desejo que sigam o caminho da evolução. Cada um no seu tempo. Se continuarmos exigindo que o outro pense igual a você, se seguirmos com a intolerância, se não aprendermos a abrir mão de uma coisa ou outra em nome da paz, encontrando um meio termo, nosso mundo vai se acabar em guerra, matando uns aos outros pra ter razão no final da discussão.”, afirmou.

No entanto, a publicação também não deixou de ter o apoio e diversos fãs e celebridades.

Foto: Instagram

Produção de Primeira Linha e Colaborações Internacionais

O álbum foi considerado até agora como o melhor trabalho da carreira de Anitta. Isso se deve principalmente ao time que foi estruturado e esteve por trás da produção desse projeto tão grande, desde que a cantora nos dava evidências de um novo lançamento. Afinal, pessoas que já trabalharam com grandes nomes da musica internacional estiveram em peso na produção desse novo trabalho.

Anitta demonstra precisão nas referências e inspirações ao homenagear ícones do funk como Tati Quebra Barraco, MC Carol, Bonde do Tigrão e Deize Tigrona. Ela combina essas influências com tendências pop modernas, colaborando com renomados produtores e compositores como Gabriel do Borel, Tropkillaz, Pablo Bispo, Gorky, Amy Allen, Jimmy Napes, Stargate, Maffalda e Zebu. O resultado são faixas energéticas e vibrantes, destacando o compromisso da cantora em misturar autenticidade com inovação musical.

No álbum, composto por 15 faixas, Anitta assume os vocais em apenas três colaborações destacadas: “Double Team”, onde se junta ao porto-riquenho Brray e à espanhola Bad Gyal; “Joga pra Lua”, uma parceria com Dennis e Pedro Sampaio; e “Ahi”, um dueto com Sam Smith.

Veja um pouco dos bastidores a seguir:

O Multiculturalismo Sonoro de Anitta

Como diz o Spotify “Um álbum, três línguas. This is Funk Generation, bb. This is Anitta. 🔥”

O álbum tem como objetivo ensinar ao público como se faz funk em inglês e espanhol, mantendo a essência brasileira. Anitta observou que, quando artistas estrangeiros produzem funk, o resultado muitas vezes perde a identidade brasileira. Por isso, a proposta deste álbum é fornecer um direcionamento que preserve a autenticidade do Brasil no gênero.

A introdução de elementos pop nas músicas foi uma estratégia deliberada. O objetivo foi ampliar a influência do funk nos mercados dos Estados Unidos e Europa. Anitta, embora fortemente ligada ao funk carioca, incluiu diversas vertentes regionais do gênero em seu álbum. Este projeto não se limita ao estilo tradicional do Rio de Janeiro, incorporando também melody e proibidão, refletindo a diversidade do funk em outras regiões do Brasil.

Uma das faixas ousadas do álbum, a cativante “Grip”, exemplifica perfeitamente essa fusão. Com letras em português, inglês e espanhol, e sons típicos do funk carioca, a música apresenta uma abordagem quase experimental, inédita na discografia de Anitta.

Explorar diferentes pautas no universo do funk brasileiro pode ser desafiador, pois ele está intrinsecamente ligado à dança, sensualidade e sexualidade. Por isso, o projeto busca trazer esses elementos por meio de vídeos. Além disso, inclui visuais que abordam uma variedade de temas, desde religião até o carnaval, para capturar a essência multifacetada do funk e sua relevância na cultura contemporânea.

Dou you speak Anitta?

Funk Generation vem fazendo tanto sucesso que virou exposição no Museu da Língua Portuguesa, na cidade de São Paulo. A ativação sobre o trabalho de Anitta veio com o objetivo de levar a sociedade explorar a diversidade da língua presente em seu “pancadão”.

A exposição foi uma parceria com o Spotify recebendo o nome de “Do You Speak Anitta?/Você é fluente em Anitta?” e ficou disponível do dia 28 de maio á 2 de junho.

Foto: Reprodução

O objetivo principal deste trabalho foi destacar a diversidade cultural presente  na carreira da artista, com especial atenção aos bastidores de seu mais recente álbum, “Funk Generation”, que combina músicas em português, inglês e espanhol. Além disso, os visitantes pderam assistir a um vídeo exclusivo com Anitta discutindo a relevância do funk para o Brasil e sua própria jornada artística.

Por fim, o álbum consolida a cantora como uma força internacional, representando sua evolução artística e a capacidade de transcendência do funk brasileiro. Cada faixa difunde o funk brasileiro para além das fronteiras. Nesse sentido, “Funk Generation” é também um convite para que pessoas de todo o mundo se conectem com essa rica expressão cultural. O desejo de Anitta é claro: que esse projeto alcance muitos fãs ao redor do mundo, unindo diferentes culturas por meio da música.

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