5 filmes que todo fã de música precisa assistir
Com performances poderosas, drama e diferentes trilhas sonoras, veja detalhes e onde ver filmes que envolvem o mundo da música.
Por Giovanna Moretti, Estagiária do Núcleo de Mídias Digitais
Publicado em: 09/04/2024
Última atualização: 26/04/2024 - 11h05
Na encruzilhada onde cinema e música se encontram, surge uma coleção de filmes que entretêm e inspiram os fãs de música em todo o mundo.
Desde a exploração do fervor juvenil pelo rock ‘n’ roll em “Quase Famosos” até a história emocionante de triunfo e tragédia em “Nasce Uma Estrela”, cada enredo é cuidadosamente tecido com trilhas sonoras que você não conseguirá tirar da cabeça.
Neste guia, mergulhamos nas histórias por trás dessas obras cinematográficas, explorando como elas utilizam a música como um componente narrativo. Para os aficionados por música ou cinéfilos, estes filmes são paradas obrigatórias.
Confira a lista com dicas de filmes sobre música que preparamos para você.
Quase Famosos (2000) – Apple TV
“Quase Famosos” (“Almost Famous”, no original em inglês) é um filme de comédia dramática, escrita e dirigida por Cameron Crowe. É transmitido como um relato semi-autobiográfico, inspirado nas experiências de Crowe como um jovem jornalista para a revista Rolling Stone.
A trama se passa na década de 1970, uma era dourada do rock, narrando a história de William Miller (interpretado por Patrick Fugit), um adolescente de 15 anos que aspira ser jornalista de música.
Contra todas as probabilidades, William consegue a tarefa de acompanhar e escrever sobre a banda fictícia Stillwater em sua turnê pelos Estados Unidos. Juntamente com a groupie Penny Lane (Kate Hudson) e os membros da banda, William se lança em uma jornada de autoconhecimento, amor, perda e música.
O filme explora temas como a inocência perdida, as relações humanas e a realidade por trás do glamour do rock and roll. Além de sua trilha sonora que captura o espírito dos anos 70, é apreciado pela sua autenticidade, narrativa diferente e personagens memoráveis. O filme ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original e lançou Kate Hudson como uma estrela, além de ser considerado um clássico cult por muitos fãs de cinema e música.
Mesmo se nada der certo (2013) – Apple TV
“Mesmo Se Nada Der Certo” (título original: “Begin Again”) é dirigido por John Carney. Ambientada em Nova York, a trama segue a vida de Gretta (interpretada por Keira Knightley) e Dan (interpretado por Mark Ruffalo). Gretta é uma compositora e cantora talentosa, mas ainda desconhecida, que acaba de terminar um relacionamento com seu namorado de longa data e parceiro de composição, Dave Kohl (interpretado por Adam Levine).
Enquanto lida com seu coração partido, Gretta conhece Dan, um produtor musical decadente e alcoólatra que está em uma má fase tanto profissional quanto pessoal, após ser demitido de sua própria gravadora. A vida de Dan muda quando ele vê Gretta se apresentar em um bar local. Encantado pelo talento bruto e pelo potencial inexplorado de Gretta, Dan a convence a trabalharem juntos.
O filme então se desenrola em torno de sua colaboração única e improvisada. Dan e Gretta decidem gravar um álbum ao ar livre pelos bairros diversos e vibrantes de Nova York, capturando a essência da cidade como parte da música. Eles reúnem uma banda de músicos talentosos, mas subaproveitados, e começam a gravar em locais não convencionais, usando a cidade como seu estúdio.
Ele explora os altos e baixos da indústria da música, as complexidades dos relacionamentos, e a importância de encontrar paixão e propósito independentemente das circunstâncias.
Maestro (2023) – Netflix
Dirigido e estrelado por Bradley Cooper, a obra cinematográfica nos convida a mergulhar fundo nas complexidades da vida de Leonard Bernstein, uma figura emblemática da música clássica cujo legado perdura até hoje. Neste filme, Cooper além de demonstrar seu domínio como diretor, nos impressiona com uma performance estelar, capturando a essência complexa e vibrante de Bernstein.
O filme lança uma luz brilhante sobre o gênio de Bernstein, celebrando suas contribuições monumentais para a música. Com uma narrativa que se desdobra de maneira envolvente, “Maestro” consegue equilibrar os triunfos públicos, oferecendo uma visão abrangente do homem por trás da batuta.
A relação de Bernstein com sua esposa, Felicia Montealegre, é retratada com uma mistura tocante de amor, complexidade e autenticidade. Cooper e sua co-estrela, cuja química é palpável, mergulham nesses papéis com uma dedicação que faz jus à complexidade de seus personagens. É uma janela para as dinâmicas pessoais de Bernstein que adiciona uma camada rica e emocional ao filme.
Para quem já amava Leonard Bernstein, o filme é uma viagem ao coração de sua música e vida. Para aqueles que ainda vão descobrir Bernstein, “Maestro” é uma introdução magnífica. Uma coisa é certa: os espectadores saem do cinema com uma admiração renovada – não apenas para com o maestro, mas também para com o extraordinário talento de Bradley Cooper, tanto atrás quanto diante das câmeras.
Nasce uma estrela (2018) – Prime Video
Assim como “Maestro”, “Nasce uma Estrela” também é dirigido por Bradley Cooper. Esta obra é a quarta versão da história originalmente lançada em 1937, depois refilmada em 1954 e 1976. Na versão de Cooper, ele interpreta Jackson Maine, um famoso cantor de country com uma carreira em declínio.
A história ganha vida quando Jackson conhece Ally (interpretada por Lady Gaga), uma garçonete aspirante a cantora com um talento incrível. Mas que desistiu de tentar seguir uma carreira na música por não se sentir bonita ou boa o suficiente para o “hall da fama”. Após uma poderosa performance improvisada em um bar, Jackson fica impressionado com o talento de Ally e decide levá-la para o palco durante um de seus shows. A conexão instantânea entre os dois evolui para uma relação amorosa complicada, enquanto a carreira de Ally começa a decolar e a de Jackson continua a desmoronar.
“Nasce Uma Estrela” é uma história sobre amor, perda, paixão pela música e os desafios enfrentados pelos artistas em suas jornadas pessoais e profissionais. A trilha sonora desempenha um papel crucial no filme, com canções originais que capturam a essência dos personagens e da trama. A performance de Lady Gaga é particularmente notável, garantindo a ela aclamação da crítica e vários prêmios, enquanto Bradley Cooper também recebeu elogios por sua atuação, direção e suas habilidades vocais.
La La Land: Cantando Estações (2016) – Prime Video
“La La Land: Cantando Estações” é um filme musical romântico dirigido e escrito por Damien Chazelle. Ambientado na cidade de Los Angeles, o filme apresenta uma vibrante homenagem aos clássicos musicais de Hollywood, enquanto explora os sonhos e desilusões de dois jovens aspirantes à fama.
A história segue Mia Dolan (interpretada por Emma Stone), uma barista e aspirante a atriz que enfrenta uma série de audições frustrantes, sonhando em um dia conseguir seu grande papel que a catapulte para o estrelato. Paralelamente, conhecemos Sebastian Wilder (interpretado por Ryan Gosling), um pianista de jazz apaixonado, mas teimoso, que luta para manter a tradicional música jazz viva, sonhando em abrir seu próprio clube.
Os caminhos de Mia e Sebastian se cruzam por acaso e, apesar de um começo turbulento, eles rapidamente se apaixonam. Unidos por seus sonhos de sucesso em suas respectivas carreiras artísticas, eles apoiam um ao outro em suas jornadas criativas. No entanto, à medida que suas carreiras começam a decolar, os desafios e sacrifícios necessários para alcançar o sucesso colocam à prova seu amor e comprometimento.
Com uma trilha sonora envolvente e números de dança elaborados, “La La Land: Cantando Estações” captura o espírito dos musicais clássicos. Porém, ao mesmo tempo oferece uma perspectiva moderna sobre as alegrias e adversidades enfrentadas por artistas em busca de realização pessoal e profissional.
Emma Stone, por sua performance como Mia, recebeu o Oscar de Melhor Atriz, e o filme conquistou outros cinco Oscars, incluindo Melhor Diretor para Damien Chazelle e Melhor Fotografia, destacando-se como uma das produções mais premiadas e memoráveis do ano.
Letra e Música (2007) – Prime Video
“Letra e Música” é uma comédia romântica musical dirigida e escrita por Marc Lawrence. O filme mescla música, romance e humor, ao contar a história de Alex Fletcher (interpretado por Hugh Grant), um decadente astro da música pop dos anos 80, que agora se vê lutando para manter sua carreira relevante em meio ao cenário musical contemporâneo.
A história ganha impulso quando Alex recebe uma oportunidade inesperada que pode reviver sua carreira: compor uma canção para a atual sensação pop Cora Corman (interpretada por Haley Bennett). Há apenas um problema – apesar de suas habilidades melódicas, Alex se encontra completamente incapaz de criar letras para a canção. É então que Sophie Fisher (interpretada por Drew Barrymore), uma jovem criativa e aspirante a escritora, entra acidentalmente em sua vida.
Sophie, que originalmente aparece para cuidar das plantas de Alex, revela-se uma talentosa letrista, capaz de expressar emoções e pensamentos com grande profundidade e sensibilidade. Apesar de suas diferenças e de um começo um tanto quanto acidentado, Alex e Sophie formam uma dupla improvável, mas perfeitamente complementar.
À medida que colaboram na canção, juntos desenvolvem um vínculo que vai além da música, descobrindo a possibilidade de um amor inesperado. Entretanto, o caminho até o sucesso e a realização no amor é repleto de desafios, mal-entendidos e complicações.
CODA – No ritmo do Coração (2021) – Apple TV
“CODA: No Ritmo do Coração” é um filme de drama familiar, dirigido por Sian Heder. O filme é uma reimaginação da obra francesa “La Famille Bélier” e se destaca por sua capacidade de tocar o coração dos espectadores.
A história gira em torno de Ruby Rossi (interpretada por Emilia Jones), uma jovem de 17 anos que é a única ouvinte em uma família de surdos, composta por seus pais, Jackie (Marlee Matlin) e Frank (Troy Kotsur), e seu irmão Leo (Daniel Durant). Ruby ajuda a família em seu negócio de pesca em Gloucester, Massachusetts, equilibrando as responsabilidades diárias com a escola. No entanto, seu verdadeiro sonho e paixão é cantar, um talento que sua família, sendo surda, não consegue compreender plenamente.
A vida de Ruby toma um novo rumo quando ela decide se juntar ao clube de coro da escola, guiada pelo encorajamento de seu professor de música, o Sr. Villalobos (interpretado por Eugenio Derbez). Sua jornada na música revela um talento extraordinário que nem mesmo ela sabia que possuía. Ruby enfrenta a difícil decisão de perseguir seus próprios sonhos de uma carreira musical, o que a levaria para longe de sua família e do papel vital que desempenha em ajudá-los na comunicação com o mundo ouvinte.
A obra explora com sensibilidade e profundidade os temas de família, lealdade, autodescoberta e a busca por um lugar no mundo. O filme é especial não apenas pela sua história emocionante, mas também pelo seu elenco autenticamente representativo, incluindo atores surdos no núcleo familiar da protagonista, proporcionando uma representação precisa e impactante da comunidade surda.
Vai uma curiosidade? 👀
O nome do filme, “CODA”, traz consigo uma rica camada de significado. Na língua inglesa, refere-se a “Children of Deaf Adults”, ou seja, filhos de pais surdos, descrevendo perfeitamente a protagonista do filme. Contudo, a escolha desse título carrega também uma outra dimensão, já que “Coda” na terminologia musical designa a conclusão de uma peça, algo que ressoa profundamente com a trama, onde cada elemento da narrativa encontra seu momento de fechamento e resolução.
Assim, o título entrelaça os temas centrais da história, celebrando tanto a identidade cultural da protagonista quanto sua paixão pela música, em um jogo de palavras que reflete a beleza do filme.
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